O desenvolvimento e a aprendizagem estão diretamente relacionados desde a fase inicial da vida de qualquer criança.
Compreender o processo de aprendizagem e desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um desafio, visto que os prejuízos advindos do transtorno, no que se refere às interações sociais, à comunicação e ao padrão de comportamento restrito, trazem dificuldades para atraí-las para um mundo que é extremamente simbólico e carregado de significações que só têm sentido quando vivenciado coletivamente. Dessa forma, o maior desafio está em buscar estratégias e alternativas que se interponham a essas limitações e promovam o desenvolvimento desses indivíduos.
O desenvolvimento e a aprendizagem estão diretamente relacionados desde a fase inicial da vida de qualquer criança. O meio social é de grande influência para esses processos. É por intermédio das relações estabelecidas com objetos e pessoas que as crianças constroem redes de conhecimento advindas do aparato cultural a que têm acesso (conceitos, valores, crenças, visão de mundo) e carregam consigo essa bagagem cultural, que é acessada ao chegarem na escola.
Sabemos que o percurso de desenvolvimento percorrido por elas é diferente, pois os prejuízos voltados à representação e generalização interferem na compreensão das informações vindas do ambiente como um todo e fazem com que internalizemos signos de forma fragmentada. Como o desenvolvimento segue sempre em direção do social para o individual, torna-se fundamental a busca por meios que auxiliem essas crianças a participarem de forma partilhada no contexto escolar.
A forma de aprendizado da criança com TEA, o estímulo às habilidades de compreensão das letras e formação de palavras precisam de uma significação para que ocorra a compreensão. Nesse sentido, utilizar brincadeiras, jogos, atividades lúdicas de pareamentos poderão promover aprendizado da escrita de forma funcional, contribuindo também para o desenvolvimento das funções cognitivas, perceptivas, psicomotoras, linguísticas e afetivas.
“Apostar em suas possibilidades sempre …”
Por
Carla Munhoz
Tutora